Cruzeiro curto ou longo – qual escolher?

Tanto no Brasil, quanto em rotas internacionais, há cruzeiros mais curtos (3 ou 4 noites) e cruzeiros mais longos (a partir de 7 noites). Cada tipo tem suas vantagens e desvantagens, e hoje quero falar um pouco de cada uma delas.

Cruzeiros curtos são ideais para sua primeira viagem de navio. Para quem deseja conhecer essa maneira de viajar, é possível ver o ambiente e como se sente nele. Se não gostar, passará muito rápido e logo estará de volta. E se você gostar (o que ocorre com muita gente), poderá fazer um cruzeiro mais longo numa próxima vez e conhecer outros navios e rotas. 

Para as pessoas que têm dificuldade em se ausentar completamente do trabalho, ou não conseguem tirar férias longas, é uma ótima opção também! O navio estará sempre em alguma cidade e isso favorece a comunicação com os colaboradores, clientes e parceiros de trabalho. Quando se está navegando, dificilmente se tem sinal de celular. Se a parte financeira também for uma dificuldade, opte por um cruzeiro mais curto, pois eles costumam ter preços mais em conta!

Já as rotas mais longas costumam incluir dias de navegação, pois os destinos tendem a ser mais distantes do porto de saída. Para algumas pessoas, dias de navegação significam monotonia ou “perda de tempo”. Para outros, representam descanso e entretenimento. O staff prepara diversas atividades para os passageiros como jogos, gincanas, aulas de dança, atividades físicas em grupo, bingo… E as paisagens em alto mar são únicas! Ver o céu durante a navegação, tanto de dia quanto de noite, é algo maravilhoso! Observar o mar infinito enquanto escuta o barulho das ondas, e assistir um pôr do sol em alto mar são experiências inesquecíveis!  

Para os amantes de compras e jogos, as lojas e o cassino do navio ficam abertos por mais tempo nos dias de navegação! Quando o navio está atracado, esses locais costumam ficar fechados. Nesses dias você também terá mais tempo para aproveitar os bares, restaurantes e demais opções de lazer disponíveis, como parede de escalada, jacuzzi e tobogã. Se o navio for muito grande e você optar por um cruzeiro curto, corre-se o risco de não conseguir realizar todas as atividades que deseja, pois há a possibilidade de encontrar filas nas atrações, e os horários serem limitados. 

E os que não gostam de viajar de avião também procuram cruzeiros para conhecer novos lugares de uma maneira mais confortável e agradável, sem precisar voar. Isso inclui viagens intercontinentais como a travessia Brasil/Europa. Nesses casos, os cruzeiros longos são uma excelente alternativa!! Algumas vezes você poderá encontrar essas viagens de travessia com preços excelentes!

E em cruzeiros com maior duração você acaba se acostumando mais com o local, a cabine, os restaurantes, e também acaba conhecendo melhor a equipe que trabalha no navio: camareiros, garçons, animadores, recepção, instrutores fitness… Dessa forma se sentirá mais à vontade, “em casa”.  Os tripulantes podem te contar histórias de suas experiências a bordo e você aprenderá diversas coisas com eles. 

Em maio foi lançado um livro com algumas dessas histórias, o “Todos a bordo: incríveis histórias vividas pelos tripulantes de cruzeiros”. Eu sou coautora dele! Se quiser saber mais, você encontra maiores informações pelos perfis do Instagram @helogroppo e @todosabordo.livro.

Nômades digitais: Viver viajando é uma realidade possível

Deixa eu adivinhar: você tem vontade de meter o pé na estrada, mas acha que isso só é possível para influenciadores, famosos ou gente rica? Viver viajando parece um sonho distante pra você? Saiba que o nomadismo digital é super possível e cada vez mais comum, principalmente por conta da difusão do modelo de trabalho home office. Mas, para isto acontecer, é preciso uma dose de desapego, uma pitadinha de coragem e uma vontade imensa de quebrar os paradigmas que a sociedade nos impõe! E aí, você topa?

Viver como nômade digital nada mais é do que viver em qualquer lugar, levando uma bagagem enxuta e curtindo o momento ao mesmo tempo em que trabalha pela internet. Se você já trabalha e está adaptada ao home office você já tem meio caminho andado. Caso contrário, corre conversar com o seu chefe ou arrumar um trabalho remoto para poder se jogar nessa aventura!

É fundamental frisar que você não estará viajando nos locais, e sim morando por um breve período em cada um deles. O ritmo é totalmente outro – principalmente durante a pandemia – é mais lento, menos turístico e muito mais cultural. Você vai se acostumar a ir no mercadinho do bairro, desejar um bom dia para diferentes vizinhos, ouvir outros cantos de pássaros, se apaixonar por cada casa nova e ter um novo delivery de pizza favorito a cada mês. Como todo tipo de viagem, é uma experiência desafiadora e de muito autoconhecimento, mas sem dúvidas incrível!

Eu também quero! Por onde devo começar?

  1. Organize o seu orçamento mensal

Fato é que dinheiro não cai do céu e a intenção aqui é viver viajando, e não simplesmente fazer uma viagem e voltar logo para casa. Se você já mora de aluguel é mais fácil – te proponho a praticar o desapego, vender as suas coisinhas e desalugar a sua casa/apartamento (fácil falar, difícil fazer kkkring). A partir disto a proposta é que com exatamente este mesmo valor que você pagava o seu aluguel e suas contas agora você possa alugar outros lugares para morar pelo Brasil (ou pelo mundo, porque não?). Uma ideia interessante para baratear um pouquinho é dividir tudo isto com seu parceire de vida ou um amigue do peito, assim o valor será dividido por 2 e a aventura multiplicada! Independente da solução faça um bom planejamento financeiro para não entrar em perrengue com os boletos quando você já estiver na estrada.

  1. Pensar em como você vai se locomover

Se você tiver um carro disponível este é o ideal para o momento de pandemia, só assim você ficará 100% tranquila com o distanciamento social e garantir que só você mesma irá manusear as suas próprias coisas. O seu carro também será a sua casa, pois é lá que você vai levar não só a sua mala de roupas, mas também: materiais de higiene, utensílios básicos de cozinha, comida (lembre-se de levar uma bolsa térmica), equipamentos eletrônicos e até o seu travesseiro favorito para se sentir mais em casa! No seu orçamento (passo 1) lembre-se de colocar o valor da gasolina e de pedágios.

  1. Desenhe e planeje o seu roteiro

Minha parte favorita! Abre o Google Maps e escolha cidades que possam ser interessantes para você ser nômade por lá! Algumas dicas na hora de montar o roteiro:

– O ideal é que a distância entre cada cidade seja de, no máximo, 4 horas para as mudanças não serem tão cansativas. Afinal, as viagens não serão mais um evento único e sim a sua nova rotina.

– Outra sugestão é que você não passe nem pouco e nem muito tempo em cada lugar. Uma semana em cada cidade é bastante cansativo e três semanas já é um número mais realista, mas você precisará entender qual o ritmo de nomadismo que você irá preferir com o tempo.

– Os finais de semana, caso você não trabalhe nestes dias, são sim os dias ideais para mudança de casa. Além da viagem em si, você tem que contar o tempo de fazer check-out e check-in, fazer e desfazer malas e tudo o mais.

– Por conta da pandemia, dê preferência para cidades menores e mais interioranas, em que você possa aproveitar mais o ar livre. 

  1. Orce e reserve as hospedagens

Para as hospedagens use o Airbnb para ter uma casa completinha, equipada e pronta para você morar. Aqui vão algumas dicas:

– Antes de bater o martelo na sua nova casa sugiro que você explique para o host que você trabalha em home office e questione sobre a velocidade da internet, para garantir que você irá conseguir trabalhar sem problemas.

– Sobre equipamentos e eletrodomésticos: garanta que tenha uma cozinha minimamente equipada com fogão, micro-ondas, louças e panelas para você economizar cozinhando e também prefira lugares que tenham máquina de lavar roupas! Acredite, máquina de lavar roupas salvam vidas!

– Equilíbrio é tudo nessa vida: não deixe todas as acomodações do roteiro já reservadas, para você ir sentindo cada lugar com calma e ir avaliando a situação da pandemia. De toda forma, também não é aconselhável reservar em cima da hora, assim você irá encontrar lugares melhores e em um preço mais justo. A dica é sempre ter as próximas 3 ou 4 semanas já reservadas.

– Por conta da pandemia, dê preferências para ficar em casas ao invés de apartamentos. Acredite, você vai sentir muito mais liberdade!

  1. Pé na estrada, mas com cuidado!

Com tudo pronto é hora de partir! Acomode tudo no carro de um jeito que você fique confortável e segura para dirigir por algumas horinhas.

É importantíssimo frisar que estamos em meio a uma pandemia, né? Então, não deixe de levar álcool 70% e máscaras na sua bagagem, mantenha o distanciamento social, acompanhe as notícias para saber as regras e volume de casos de cada cidade, caso for fazer algum passeio opte sempre por locais ao ar livre e fora do horário de pico. Mantenha-se segura e fique em casa, mesmo que a sua casa for em qualquer lugar por aí :)


Texto: Cristiane Sasse. 28 anos, Blumenauense, publicitária, pós-graduada em pesquisa de mercado e apaixonada por entender as pessoas e seus comportamentos.  “Gosto de vestidos rodados, canetas coloridas, gifs de animaizinhos fofos, brigadeiro, Netflix e uma passagem só com data de ida pra qualquer canto que tenha Wi-Fi. Fiz intercâmbio em Londres, morei por 8 anos em São Paulo, já fiz mochilão pelo Japão, América do Sul e Europa, e hoje me considero uma nômade digital”. 

Formas de Imigrar para Portugal: Qual é a sua?

Portugal é um daqueles destinos que o Brasil tem inúmeras relações e acordos que facilitam muito a vida de quem quer imigrar – isso tudo sem falar que temos a mesma língua mãe, né? Apesar de muita gente achar que eu vim para cá em 2016 por causa da facilidade do idioma, como é a opção da grande maioria dos brasileiros, mas a verdade é que escolhi pela forma como o Mestrado é organizado por aqui. Mas calma, esse é papo para ooooutro dia!

Hoje eu quero falar contigo sobre as formas de imigrar para Portugal. Mas antes disso, se você quiser só visitar como um turista, deixa eu te contar como você faz! 

“Eu preciso de visto para ir turistar em Portugal?”

AINDA não. Por que o “ainda”? Por que está previsto que, a partir 2023, haverá a obrigatoriedade do visto ETIAS para brasileiros que vierem turistar pelos países dentro do Espaço Schengen. Não sabe o que é isso? É um acordo entre 26 países em que entre eles não há controle de fronteiras internas!

Então, o que eu preciso para entrar em Portugal enquanto turista?Quando você chegar por aqui, você vai ter que passar pela imigração e, em geral, vão pedir para ver o seu Passaporte (até para te dar o teu sonhado carimbinho) e pronto. Maaaas, está no direito do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), órgão responsável aqui em Portugal por isso, pedir a você:

  • Passaporte com validade mínima superior a 6 meses;
  • Comprovativo de viagem (ida e volta);
  • Comprovativo de alojamento – caso você fique hospedado na casa de um amigo, pode pedir uma carta de próprio punho e, se possível, com assinatura. Ah! Não esquece de anexar uma cópia do documento da pessoa. Pode ser passaporte estrangeiro + título de residência válido; cartão cidadão português; documento da UE + atestado de residência e/ou registo na Câmara;
  • Algum comprovativo de vínculo laboral ou atividade profissional no Brasil (patronal, pública ou privada) – isso é para que eles saibam que você tem vínculos com o país de onde veio e voltará, mais cedo ou mais tarde;
  • Comprovativos de meios financeiros (são 75€ por cada entrada no território nacional + 40€/dia de estadia no país). Por exemplo, se você permanecesse durante 15 dias, seriam necessários 675€ que podem ser em dinheiro, travelers cards ou cartões de crédito internacionais. OBS: esse item pode ser dispensado pela autoridade do SEF caso haja uma carta convite ou termo de responsabilidade emitido por cidadão português ou estrangeiro que disponha de título de residência, autorização de permanência, visto de trabalho, estudo, estada temporária, válidos, e que se comprometa com a alimentação e alojamento do interessado.

Sobre imigrar, você pode ir como estudante!

Aqui nós já temos 3 dicas em uma, tá? Porque você pode vir enquanto estudante de graduação, mestrado ou doutorado. Os tipos de visto neste caso se alteram, mas não vamos entrar em tantos detalhes assim nesse post.

É possível vir para Portugal como bolsista na graduação (que aqui eles chamam de licenciatura apesar de não ter nada a ver com a nossa licenciatura), fazer o mestrado aqui (como eu fiz) ou o doutorado (que eles chamam de “doutoramento”). Ah! Quase esqueço. Aqui eles têm uma modalidade também chamada “Mestrado Integrado”, que basicamente junta a graduação e o mestrado e você já sai mestre. WHAAAT? Sim, pasme, é real!

Uma das oportunidades que quero só pincelar para vocês é a Bolsa Santander Íbero-Americanas que é uma ótima forma de você viver um intercâmbio de 6 meses por aqui, experienciar e ver se você gostaria de fazer alguma outra experiência mais longa por aqui.

O Mestrado que eu vim fazer, tem duração integral de 2 anos e o Doutorado, de 3 anos. Depois, se vocês se interessarem, posso contar como foi a minha experiência por aqui! Conta nos comentários se você se interessaria em saber ;)

Tem um(a) cônjuge que quer vir estudar e não sabe se pode vir junto?

Essa é a 3ª forma de vir! Essa opção se chama Reagrupamento Familiar e, basicamente, a partir de uma série de itens, se você e seus dependentes se encaixarem, vocês ficam em Portugal atrelados ao título da pessoa. Ex: Em linhas gerais e dando uma meeeega enxugada, imagina aí que sou casada e a pessoa vem fazer Doutorado em Portugal. Através do Reagrupamento Familiar, eu fico com o Título de Doutorado também. 

Posso conseguir uma oportunidade de emprego e ir para Portugal?

Claro que pode! O tanto de gente que eu já conheci que vem para Portugal depois de conseguir uma proposta de emprego no LinkedIn não tá escrito. Mas claro que essa quantidade é ainda maior para pessoas que são de TI, por exemplo. O que basta para você fazer o seu visto é realmente ter esse contrato ou promessa de trabalho em Portugal. A sua vaga precisa estar assegurada. Tendo isso e fazendo todos os passos burocráticos, é certeza que vai dar tudo certo – só segura a ansiedade em esperar o resultado do visto sair, ok?

Sou aposentada, quero curtir a vida em Portugal!

Pois muito que bem, mozão! Segundo a pesquisa The World’s Best Places to Retire, que analisou 24 países em 10 categorias diferentes, adivinha qual foi o país vencedor? Acertou quem disse PORTUGAL! O país ganhou em aspectos como cuidados de saúde, clima, alojamento, entretenimento, socialização e desenvolvimento. Tá bom pra você?

Além disso, existem vários outros benefícios como o Acordo de Previdência Portugal e Brasil e o Acordo Iberoamericano. Lembra aquilo que eu disse sobre os vários acordos entre os dois países?

EXTRA: Se você já está pelos países abrangidos pelo programa Erasmus+, que é um programa de intercâmbio entre países participantes e países parceiros (clica aqui para saber quais são). Basicamente, você pode vir estudar ou trabalhar (estágio não remunerado) em Portugal através desse programa de 3 meses a 1 ano. O tempo mais comum que vejo as pessoas ficarem é um semestre. 


Texto: Camila Aldrighi. Mestre Pokémon, dos Magos e em Design Gráfico e Projetos Editoriais. É publicitária e historiadora, mas, sobretudo, uma libriana típica. Acha que absolutamente TUDO é muito interessante – e isso faz com que goste de muitas coisas diferentes. Atualmente mora no Porto, em Portugal, mas aí viajou sozinha e descobriu que pertence mesmo ao mundo. Está sempre pronta para uma boa conversa, espera compartilhar um pouco da loucura de viver sozinha e descobrir alguns lugares do Porto e do mundo com você. E então, vamos? Instagram | Site

10 DICAS PARA VOCÊ SE SENTIR MAIS SEGURA VIAJANDO SOZINHA

Ouvimos muito que viajar sozinha é uma experiência incrível, uma excelente oportunidade de autoconhecimento e tudo mais…Mas quando de fato pensamos em viajar sozinha, especialmente pela primeira vez, sempre bate alguns receios: “Será que é realmente seguro?!” “Será que é para mim?” “E se acontecer alguma coisa, o que eu faço?!”

Fica tranquila, eu já passei por isso e abaixo vão algumas dicas para você criar coragem e começar a planejar sua primeira aventura agora mesmo!

1 A Escolha do Destino

A melhor parte de viajar sozinha é poder fazer tudo do jeito que você quer, escolhendo o destino, a data e tooooda as programação! Mas na escolha do destino, é importante ir com calma, viu? Se aventurar num lugar muito exótico, já na primeira oportunidade, onde você não entende nada da língua, tem uma cultura muito diferente da sua e não costuma receber tantos viajantes, pode ser mais intimidador. Comece por algum destino mais perto, de preferência lugares bem turísticos, com bastante estrutura para receber gente de todos os lugares e nos quais seja comum encontrar outras mulheres viajando sozinhas. Lugares mais próximos costumam possibilitar viagens mais curtas. Há, ainda, lugares nos quais é muito comum fazer todos os passeios com agência (Cusco e Deserto do Atacama são exemplos) e pode ser uma excelente alternativa para quem se sente insegura de fazer tudo sozinha. Depois, com mais experiência, você vai se sentir confortável para explorar até os lugares mais exóticos, com a melhor companhia de todas: a sua!

2 A Escolha da Hospedagem

A escolha da hospedagem é outro ponto muito importante para se sentir segura. E nesse ponto são dois os principais segredos: localização e avaliação de outras viajantes! Escolha uma hospedagem com uma excelente localização, em uma região bem turística e movimentada, porque sozinha você não vai querer pegar um transporte à noite ou andar por ruas escuras e pouco movimentas para ir jantar, por exemplo. Além disso, leia as avaliações de quem já se hospedou no lugar, especialmente no que diz respeito à segurança e localização. Isso vai te dar mais noção do que esperar, e mais tranquilidade na hora da escolha.

Uma dica bônus: hostels podem ser uma excelente alternativa. Em hostels você conhecerá outras pessoas viajando sozinhas e por vezes pode até encontrar companhia (caso seja sua vontade). Se você é do tipo que gosta muito de privacidade, pegue um quarto privativo com banheiro privativo (alguns são melhores que quartos de hotel). E, se for ficar em quarto compartilhado, quartos femininos são ideais para se sentir mais segura!

3 A escolha do transporte na chegada

Muita gente não presta atenção nisso, mas o horário da sua chegada faz uma diferença enorme na sua sensação de segurança! Procure voos/ônibus/trens que cheguem durante o dia, antes de escurecer. O aeroporto/rodoviária/estação de trem estará muito mais movimentado, haverá mais opções de transporte para chegar na sua hospedagem e, caso opte por transporte público, também haverá maior fluxo de
pessoas.

E para não bater qualquer insegurança, planeje com antecedência como você vai do aeroporto/rodoviária/estação de trem para sua hospedagem. Você pode ainda contratar um transfer próprio do seu hotel/hostel, que já estará te esperando no desembarque. Vale também pesquisar como é o meio mais comum de se transportar naquele destino (alguns lugares usam aplicativos de transporte que não são tão populares no Brasil, já baixe no seu celular e conecte com seu cartão de crédito).

4 O Seguro-saúde é essencial

Essa dica não vale só para quem viaja sozinha, é para todo mundo! Nunca viaje sem um seguro saúde! E, se você está viajando no Brasil e tem plano de saúde, verifique se há cobertura no seu destino também.

5 A organização dos documentos



Como você já deve estar notando, toda a segurança (e a sensação dela) está no planejamento prévio da sua viagem! Parte disso é organizar seus documentos. Cheque todos os documentos necessários (passaporte?
vacina? exame de covid? seguro saúde?), imprima-os e deixe uma cópia digitalizada/fotos em algum drive ou no seu e-mail. A cópia impressa é importante: para mostrar na imigração, no check-in, para indicar para um taxista o endereço do seu hotel, para comprovar uma reserva na recepção do hotel, etc. E para consultar quando necessário, caso você esteja sem bateria ou sem internet. Gosto de levar também os telefones das embaixadas, caso eu não esteja no Brasil, e uma cópia de receita
médica de remédio controlado de uso contínuo. Vai que precisa?!
Tudo isso – e o que mais for importante (remédios, eletrônicos, carregadores, dinheiro) – coloque na mala de mão! Junto com uma muda de roupa, para caso sua mala seja extraviada.

6 O Dinheiro

Verifique na internet, em sites como “Quanto Custa Viajar”, o gasto aproximado por dia no local de destino e sempre deixe separado o dinheiro do transporte para o aeroporto na volta, com uma “sobra”, para não ter perrengue na hora de ir embora. Dá para viajar sozinha e economizar bastante, mas nunca ao ponto de se arriscar (se hospedando em locais perigosos, por exemplo). Leve dinheiro em espécie e um cartão de crédito (lembrar de ligar para o seu banco ainda no Brasil e habilitar o cartão para usar no exterior), ainda que você não pretenda usar o cartão. É legal também levar um cartão de débito, meios de pagamento por aproximação, etc. E onde você vai levar tudo isso? Em uma doleira, próxima ao seu corpo! É um item essencial para qualquer viajante! Deixe separado no bolso ou na bolsa o dinheiro do dia, para não mexer na doleira na rua, e o resto do seu dinheiro deixe escondido na doleira. Você pode também guardar metade no cofre do hotel ou no seu armário no hostel, mas não esqueça de levar bons cadeados!

7 Internet e aplicativos

Se seu orçamento permitir, compre um chip de internet. Pode ser antes de viajar, para entregar na sua casa no Brasil, ou pesquise onde comprar no destino antes de ir viajar (e como fala ‘chip’ no idioma local). Mas, independentemente de comprar o chip ou não, baixe no seu celular o mapa do destino (no google maps) e o idioma (no google translate), para que você possa se virar mesmo sem internet!

Há muitos outros aplicativos que podem te ajudar na viagem, para conversão de moeda, dicas de lugares para comer e passear, apps de transporte, de voo, além de aplicativos especiais de cada destino.

8 Encontre um “anjo da guarda”

Saber que tem alguém “cuidando” de você mesmo à distância vai te dar muito conforto! Deixe alguém de sua confiança com seu roteiro (não precisa ser detalhado, apenas os dias que você estará em cada local, voo, telefone e endereço de suas hospedagens) e uma cópia dos documentos que você digitalizou, lembra deles?! Provavelmente, você não vai precisar pedir ajuda para essa pessoa durante toda sua viagem, mas você se sentirá mais tranquila de saber que, caso precise, pode mandar uma mensagem para alguém no Brasil ligar para seu seguro saúde, por exemplo.

9 Entenda seus limites

Viajar sozinha é uma oportunidade ótima de autoconhecimento, sem dúvidas! Mas já trabalhar isso antes da viagem vai tornar ela ainda melhor. Repare o que te deixa insegura, o que te dá medo… no seu dia-a-dia mesmo! Você pode fazer isso refletindo sobre seus hábitos ou até mesmo indo no cinema ou se levando para jantar sozinha. Não fique com vergonha, uma coisa que aprendi viajando sozinha: As pessoas que estão sozinhas em algum lugar (como um restaurante) não são pessoas solitárias, mas sim são as únicas que, sem qualquer dúvida, realmente queriam estar naquele lugar! Grupos, casais, talvez estejam ali para agradar o outro, por educação… quem está sozinho é dono de si e poderia estar em qualquer lugar que quisesse. Refletindo sobre seu perfil, seus gostos e medos você vai saber como melhor organizar seu roteiro, para aproveitar a viagem e se sentir mais confortável. Por exemplo: Se você tem medo de altura, vai marcar um bungee jump no seu primeiro dia de viagem?! Não precisa deixar de fazer nada, mas que tal marcar as aventuras maiores para o fim da viagem, quando você vai estar mais habituada com o lugar, caso você realmente faça questão delas? E Lembre-se: Não faça nada que você não gosta, ou que pode se sentir insegura, só porque “todo mundo faz”.
Além disso, saiba seus limites para bebidas, para alimentação (você tem alguma intolerância? alergia?), o que te dispara crises de choro ou de ansiedade, etc. E leve os remédios habituais que você usa, além de outros coringas (para dor de cabeça, alergia, enjoo).

10 Tenha uma boa história para contar quando te fizerem perguntas

Algumas pessoas são bem curiosas e em alguns destinos você vai ouvir muito perguntas como: “com quem você está?”, “você é casada?” Em algumas situações pode ser melhor não falar que está você está sozinha, então já vá com um discurso pronto: “meu marido está me esperando no hotel”, “meus amigos fizeram esse passeio antes de eu chegar, mas já vou encontra-los”, ou qualquer outra desculpa que você achar conveniente, para cortar a conversa, sem dar informações demais.

Depois dessas dicas, você não só vai se sentir mais segura, como vai se apaixonar pela sua companhia! O que você está esperando para começar a planejar sua primeira viagem sozinha?


Texto: Cristine Helena Cunha. Se considera uma pessoa comum, com endereço fixo e um trabalho comum de segunda à sexta, mas que encontra nas viagens um jeito de escapar da rotina e viver experiências de tirar o fôlego. O principal hobby: consumir conteúdo sobre viagens, planejá-las (mesmo que talvez não as tire do papel) e agora, em parceria com a Mi Alves, escrever sobre elas. Instragram: @cristinehcunha

Como se preparar para um Cruzeiro Marítimo?

Cruzeiros são uma maneira ótima de viajar! Você irá desfrutar de muito conforto e entretenimento à bordo de um navio, e ainda conhecerá diversos destinos em uma mesma viagem. Famílias que viajam com filhos pequenos têm a vantagem de contar com uma equipe de recreadores que realizam atividades com as crianças em diversos horários. Elas se divertem, e os pais conseguem fazer outras atividades nesses momentos.

Essa é sua primeira vez?

Se você nunca viajou de navio, uma boa opção são os cruzeiros de 3 ou 4 noites. Um roteiro curto é o ideal para você analisar como se sente com o balanço das ondas. Quanto maior for o navio, menos irá balançar. Em algumas rotas o mar costuma ser mais calmo, como no Nordeste brasileiro, por exemplo. Já quem vai para o Sul, especialmente Punta del’Este, vai pegar um mar mais agitado. E pra quem já costuma sentir mal estar em outras viagens, consulte seu médico antes de viajar e peça alguma medicação para você evitar o mareio (sensação de enjoo causada pelo mar).

Escolhendo a Rota:

A escolha da rota pode ser um pouco difícil já que existem tantas opções! No Brasil há lugares incríveis a se visitar: A região de Angra dos Reis é muito linda para se navegar. O mar é bem verde por causa da vegetação das ilhas e a paisagem fica encantadora! Já as viagens para o Nordeste apresentam menor possibilidade de chuvas na época do verão. Nas cidades que possuem porto, o desembarque e embarque são feitos de forma rápida. Já nos locais que não possuem porto, é necessário fazer o transporte de tender (pequenos barcos) do navio até o píer, e esse trajeto demora um pouco mais, além da possibilidade de haver filas no momento em que for sair.

Antes da Viagem:

Informe-se também sobre como será a programação a bordo. É comum as agências de turismo realizarem alguma reunião com os passageiros antes do embarque para dar informações básicas. Elas são importantes para saber detalhes e até para você arrumar sua mala, pois haverá festas temáticas e noite de gala, e esses detalhes são passados pela cia marítima e/ou agência de turismo. Comparecendo a essa reunião você poderá se vestir adequadamente para todos os eventos.

Todos à bordo!

Os horários de chegada e partida dos portos costumam já estar previstos no momento em que reserva seu pacote de cruzeiro. Com isso você conseguirá programar melhor seus passeios em cada local. Em geral, os passageiros devem estar a bordo pelo menos 30 min antes do navio partir.

Há uma equipe de excursões que organiza diversos passeios que saem e retornam para o navio. A vantagem de se reservar com a equipe é o melhor aproveitamento do tempo, especialmente em cidades em que não há porto e o navio fica fundeado. Caso ocorra algum imprevisto e a excursão atrase o retorno, você não terá problemas com perder o navio. Busque o balcão de excursões quando embarcar e informe-se melhor sobre as opções de passeios.

Quanto dinheiro levar?

As compras costumam ser realizadas em dólar na maioria das cias marítimas. As refeições estão inclusas no pacote, mas em alguns navios há restaurantes à la carte e alguns cafés que oferecem refeições pagas à parte. Além de separar uma quantia para excursões e bebidas, lembre-se que há diversas lojas a bordo com ótimos produtos! Muitas vezes fazem promoções de certos artigos e talvez você se interesse em comprar algum perfume, roupa ou relógio.

O spa oferece diversos pacotes e massagens. Se o seu objetivo principal com a viagem for relaxar, essa pode ser uma ótima ideia. Ah, o cassino também pode ser muito divertido! 

E por último, veja tudo o que o navio oferece. No site da cia você encontrará muitas informações e fotos, e também um mapa dos decks do navio. Assim você saberá as opções de restaurantes, bares, piscinas, atividades de lazer e entretenimento. E isso permite que você se planeje para conhecer e vivenciar tudo o que quiser!

Diário de Bordo. 

Quando já estiver à bordo, você irá acompanhar detalhes da programação diária no Diário de Bordo, que todos os dias chegará em sua cabine. Nele estarão os horários de chegada e partida, informação sobre fuso horário,
funcionamento dos bares, restaurantes, piscina e academia, e também os horários dos shows e demais atividades realizadas pela equipe de entretenimento.

Espero que essas dicas ajudem você a planejar seu cruzeiro. Aproveite suas férias no mar!

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Heloisa Schievano Groppo – Bailarina e profissional de educação física com uma vontade enorme de viajar e conhecer diferentes lugares! Ao terminar a faculdade, Helô se aventurou para trabalhar em navios de cruzeiro e foi instrutora fitness à bordo e conhecendo vários lugares lindos. Dois anos depois trabalhou por 2 meses na China, dançando em um parque de diversões. “Senti o quão transformador é estar em um local novo, e continuo buscando conhecer novos locais”. Instagram / YouTube