O que levar na mala?

Depois de muito arrumar e bagunçar a mala tive que ponderar a respeito do que eu ia levar. Afinal, só posso levar 32kgs de bagagem em cada uma. Resolvi vender tudo, que eu achava que não ia precisar. Roupas, sapatos, esmaltes (a coleção tinha mais de 300) acessórios, tudo que com minha nova fase de vida eu poderia renovar. Consegui esvaziar o armário (bom, quase) e ainda juntar alguns dólares para gastar na minha aventura.

bagage

Mas o que realmente estava pesando, não era a mala com minhas roupas preferidas, alguns livros e lembranças dos amigos. Era o coração. Pesando, por estar indeciso pelo que ia ficar e o que ia levar.

Passei por dias de choro e tristeza. Eu escolhi me aventurar e parte das pessoas que estavam ao meu redor e eu considerava, agiram com tamanho descaso, que até me desanimou (por alguns dias, já passou) . Escolhi ir atrás do meu sonho, não vou tirar férias, vou viver “an american life” e estou muito feliz. O que me desanimou foi ver que alguns que eu inclui em minha bagagem não compartilhavam da mesma alegria. Mas sempre tem, né?! Aquele que consideramos amigos e pretendemos mandar postais amorosos, mas a pessoa não te manda nem SMS.

Ouvi muito: “Você não vai conseguir” e “Nossa, você é louca” e eu digo: Conseguirei sim e estou levando comigo aqueles que me apoiam. Minha mala não está mais pesada, pois, os que acrescentam felicidade e paz, não pesam nada em nossos corações. Pelo contrário, estes valem muito amor, carinho, dedicação e tooooodo nosso esforço.

Pude perceber quem realmente conta comigo e vai sentir minha falta. E em quem eu vou pensar quando estiver visitando a Times Square e a Estátua da Liberdade. Esses são os que farão parte da minha bagagem!

São poucos que escreverão cartas para você, mas esses significam muito e são verdadeiros, como os outros que não se preocupam em estar ao seu lado nunca vão ser.

Diferenças Culturais

Olivier Teboul, um francês charmosinho que mora em Belo Horizonte a um ano e meio, escreveu 65 observações que percebeu sobre o Brasil em seu blog. É engraçado ler, e também rir, com as mais variadas coisinhas que vivemos e nem nos damos conta de que podem não ser comuns em outras culturas.

Separei algumas sobre as quais eu nunca havia necessariamente refletido. Será que vocês concordam comigo?

frances

– Aqui no Brasil, os chineses são japoneses.

– Aqui no Brasil, é comum e conhecer alguém, bater um papo, falar “a gente se vê, vamos combinar, tá?”, e nem trocar telefone.

– Aqui no Brasil, não se assuste se estiver convidado para uma festa de aniversário de dois anos de uma criança. Vai ter mais adultos do que crianças, e mais cerveja do que suco de laranja.

– Aqui no Brasil, pode pedir a metade da pizza de um sabor e a metade de outro. Ideia simples e genial.

– (…) Comum também é sair de roupas de esportes mas sem a intenção de praticar esporte. Se vestir bem também é meio gay.

– Assim, se ouvi muito: “vou te falar uma coisa”, “deixa te falar uma coisa”, “é o seguinte”, e até o meu preferido: “olha só pra você ver”. Obrigado por me avisar, já tinha esquecido para que tinha olhos.

– Aqui no Brasil, o brasileiros acreditam pouco no Brasil. As coisas não podem funcionar totalmente ou dar certo, porque aqui, é assim, é Brasil. Tem um sentimento geral de inferioridade que é gritante. Principalmente a respeito dos Estados Unidos. To esperando o dia quando o Brasil vai abrir seus olhos.

– Aqui no Brasil, tem três palavras para mandioca: mandioca, aipim e macaxeira. La na França nem existe mandioca.

rj

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