Quatro dias em Paris

Pra quem não sabe, estou morando em Portugal por seis meses, então nesse tempo, entre estudos, rotina e saudades, é mais do que merecido tirar um tempo pra viajar. Decidimos aproveitar e tirar alguns dias para conhecer a capital francesa. Passamos quatro dias conhecendo os lugares mais famosos e tentando fazer descobertas. Vou falar um pouco sobre essa aventura maravilhosa. Mas para isso, decidi separar tudo por alguns tópicos com o mais marcante na minha curta passagem: A cidade, O Louvre, A Torre Eiffel, O Metrô e Versailles.

A cidade: Paris é apaixonante! Pense em uma cidade grande, funcionando 24 horas por dia, com pessoas de todos os lugares do mundo, prédios com um estilo clássico com lojas de tudo que é possível imaginar. As ruas de Paris são um capitulo a parte e cada esquina foi uma nova descoberta. Ruas apenas com as marcas mais cobiçadas do mundo, ruas com restaurantes servindo os mais diversos pratos. A cidade respira música, em muitos lugares da cidade é comum ouvir alguém tocando uma música tipicamente parisiense, o que deixa tudo mais charmoso e passa aquela ideia que sempre vemos nos filmes que retratam a cidade.

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Dizem que o francês é um povo fechado, grosso e que não gosta de falar inglês. Sinceramente, eu achei todas as pessoas com quem interagi, seja para pedir informações ou comprar algo, muito atenciosas e dispostas a tentar entender e ajudar.

O Metrô: O porquê de o metrô ter um tópico só dele? Porque é aqui que a gente vê o quanto a cidade é culturalmente gigante. Nas linhas onde circulam diariamente milhares de pessoas, é possível ver gente dos mais variados estilos e nacionalidades, ouvir do chinês ao alemão e ter um gostinho de como pode ser a rotina na cidade. É muito fácil andar de metro na cidade, mesmo eu que não sou acostumado com isso, consegui andar sem me perder, as linhas interligam-se umas com as outras e você pode ir de um lado ao outro da cidade usando apenas duas, em menos de uma hora (o vagão anda muito rápido, é bom se segurar, experiência própria).

Outra coisa bacana, que sem dúvida vai ficar como uma imagem da cidade, foi essa cena: tínhamos acabado de sair da torre, já eram 22hrs e pegamos nossa linha até o hotel, certa hora, entraram no vagão dois músicos e começaram a tocar suas gaitas, ao som de La Vie en Rose, com o frio do outono e um céu lindíssimo, passamos sobre o rio sena e vimos a torre Eiffel iluminada com suas luzes piscando. Uma foto não descreveria a sensação desse momento.

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 O Louvre: O Louvre talvez tenha sido meu ponto alto da viagem. Guardamos a sexta-feira à noite para conhecê-lo, já que é o único dia que ele funciona até depois das 18hrs. Por sorte, esse horário é muito tranquilo quanto às filas, e foi possível aproveitar e ver tudo com calma. Não que eu tenha visto o museu todo, dizem que é preciso uma vida inteira pra isso, mas ver a Mona Lisa, a Vênus de Milo e outras obras famosas do renascimento que tanto via em livros e que são momentos marcantes da nossa sociedade, além de outras incríveis, valeu muito a pena! O lugar é enorme (por fora não se tem a dimensão real do lugar) e lindo a noite, de muitas janelas era possível ver monumentos históricos da cidade iluminados. Depois, com o frio, tomar um Starbucks dentro do próprio museu fechou o dia em grande estilo.

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Estranhe-se em Camden Town

O metro repete “mind the gap” e apita algumas vezes. Chegou na estação de Camden Town, um lugar singular onde pessoas normais são estranhas e estranhas são normais. Pubs, cafés, lojinhas de souveniers, o canal e Camden Lock, o mercadinho mais legal do universo, estão lá localizados.

Imagine o lugar mais louco que você já viu na sua vida. Pois então, multiplique algumas vezes e torne realidade. Este é Camden Town, um distrito localizado no centro-norte de Londres, no bairro de Camden. É lá que morou Charles Dickens e a boemia Amy Winehouse. O pub onde a cantora trabalhava é o The Hawley Arms e fica pertinho, onde diversos fãs se aglomeram para sentir um pouquinho do que ela deixou, no happy hour.

Os góticos desfilam, indianos cuidam de suas lojas com seu jeitinho engraçado, ingleses passam despercebidos e turistas não piscam tamanha a curiosidade. A gastronomia é peculiar – é lá que você mata a saudade do arroz e feijão ♥ – e a arquitetura lembra o estilo inglês com uma tonelada de figuras estilosas sobrepostas. Além disso, boa parte da moda em geral é influenciada por aquela localidade: tatuagens, cabelos coloridos, saias pregadas e coturnos, por exemplo.

Cruzar o oceano para conhecer este pedaço de mundo é mais do que válido :)

Beijo beijo,

Cris

Um pulinho em Braga

Ora pois, já estou longe de casa há mais de uma semana. Milhas e milhas distantes de todos que eu amo (pois é, Blitz foi a trilha sonora desses primeiros dias aqui). A vida aqui começa a “normalizar”, as aulas começaram, já conheço bastante gente e tô fazendo até umas tarefas domésticas (sim mãe, olha isso!!!!!!!!!).

Mas enfim, essa parte toda é chata, o que quero mostrar para vocês é um pouco da “minha” cidade, Braga. É um lugar lindo, vale a pena conhecer. É uma das cidades mais antigas de Portugal, mas ao mesmo tempo é a capital da juventude, isso devido aos estudantes Erasmus que chegam à cidade todos os semestres para estudar, viajar, conviver e festejar!

Dois dos lugares mais bonitos aqui são o centro histórico, com as inúmeras igrejas (quase uma por rua) e um estilo antigo que lembra o interior de Minas (alô leitoras Mineirinhas), e o santuário Bom Jesus do Monte, que fica em um morro e tem uma vista incrível, principalmente no final do dia. O bom da cidade é que ela não é grande, a gente pode andar praticamente todo o espaço que interessa a pé.

Separei algumas fotos, olha só:

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Rua da Liberdade, ou Rua das Flores.

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Jardim de Santa Bárbara, um dos lugares mais lindos e inspiradores da cidade.

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Bom Jesus do Monte, a igreja tem muuuuitos degraus, além de ficar em um morro. Cansativo, mas lindo!

Por hoje é só, ainda pretendo descobrir muitos outros lugares por aqui, tenho tempo de sobra. Conto tudo pra vocês!

O que levar na mala?

Depois de muito arrumar e bagunçar a mala tive que ponderar a respeito do que eu ia levar. Afinal, só posso levar 32kgs de bagagem em cada uma. Resolvi vender tudo, que eu achava que não ia precisar. Roupas, sapatos, esmaltes (a coleção tinha mais de 300) acessórios, tudo que com minha nova fase de vida eu poderia renovar. Consegui esvaziar o armário (bom, quase) e ainda juntar alguns dólares para gastar na minha aventura.

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Mas o que realmente estava pesando, não era a mala com minhas roupas preferidas, alguns livros e lembranças dos amigos. Era o coração. Pesando, por estar indeciso pelo que ia ficar e o que ia levar.

Passei por dias de choro e tristeza. Eu escolhi me aventurar e parte das pessoas que estavam ao meu redor e eu considerava, agiram com tamanho descaso, que até me desanimou (por alguns dias, já passou) . Escolhi ir atrás do meu sonho, não vou tirar férias, vou viver “an american life” e estou muito feliz. O que me desanimou foi ver que alguns que eu inclui em minha bagagem não compartilhavam da mesma alegria. Mas sempre tem, né?! Aquele que consideramos amigos e pretendemos mandar postais amorosos, mas a pessoa não te manda nem SMS.

Ouvi muito: “Você não vai conseguir” e “Nossa, você é louca” e eu digo: Conseguirei sim e estou levando comigo aqueles que me apoiam. Minha mala não está mais pesada, pois, os que acrescentam felicidade e paz, não pesam nada em nossos corações. Pelo contrário, estes valem muito amor, carinho, dedicação e tooooodo nosso esforço.

Pude perceber quem realmente conta comigo e vai sentir minha falta. E em quem eu vou pensar quando estiver visitando a Times Square e a Estátua da Liberdade. Esses são os que farão parte da minha bagagem!

São poucos que escreverão cartas para você, mas esses significam muito e são verdadeiros, como os outros que não se preocupam em estar ao seu lado nunca vão ser.

Chegadas e Partidas

Aeroportos são os lugares mais emocionantes que você pode encontrar na face da terra. Tem gente chegando, gente recebendo, gente saindo e gente deixando que vá. Tem lágrimas de felicidade, lágrimas pela saudade que bate forte no peito e lágrimas pelo medo do que tem por vir. Afinal, quem sabe o que temos pela frente?

Ansiedade? Descubra que essa era uma palavra até então desconhecida antes de entrar nesse universo de chegadas e partidas. Faça as malas ansiando para ir e já ansiando para voltar. É contraditório, mas a saudade pode aparecer mesmo antes de sequer se despedir. Além disso, depois dessa enxurrada de emoções, entre chegadas e partidas, quem embarca ainda tem mais um turbilhão pela frente. Decolar e pousar são apenas duas delas. O melhor de tudo é poder ver o mundo de cima das nuvens. Arrisco dizer que é como brincar de Deus enquanto você é apenas um pontinho. Não tem como entrar num avião sem olhar pela pequena janela, dar um longo suspiro e sentir-se uma formiguinha na imensidão.

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Deixe de lado todas as dúvidas e torne-as certezas. Esqueça seus medos e viva os seus sonhos. Perca um pouquinho de si e traga novas versões suas a tona ♥