Depois de muito arrumar e bagunçar a mala tive que ponderar a respeito do que eu ia levar. Afinal, só posso levar 32kgs de bagagem em cada uma. Resolvi vender tudo, que eu achava que não ia precisar. Roupas, sapatos, esmaltes (a coleção tinha mais de 300) acessórios, tudo que com minha nova fase de vida eu poderia renovar. Consegui esvaziar o armário (bom, quase) e ainda juntar alguns dólares para gastar na minha aventura.
Mas o que realmente estava pesando, não era a mala com minhas roupas preferidas, alguns livros e lembranças dos amigos. Era o coração. Pesando, por estar indeciso pelo que ia ficar e o que ia levar.
Passei por dias de choro e tristeza. Eu escolhi me aventurar e parte das pessoas que estavam ao meu redor e eu considerava, agiram com tamanho descaso, que até me desanimou (por alguns dias, já passou) . Escolhi ir atrás do meu sonho, não vou tirar férias, vou viver “an american life” e estou muito feliz. O que me desanimou foi ver que alguns que eu inclui em minha bagagem não compartilhavam da mesma alegria. Mas sempre tem, né?! Aquele que consideramos amigos e pretendemos mandar postais amorosos, mas a pessoa não te manda nem SMS.
Ouvi muito: “Você não vai conseguir” e “Nossa, você é louca” e eu digo: Conseguirei sim e estou levando comigo aqueles que me apoiam. Minha mala não está mais pesada, pois, os que acrescentam felicidade e paz, não pesam nada em nossos corações. Pelo contrário, estes valem muito amor, carinho, dedicação e tooooodo nosso esforço.
Pude perceber quem realmente conta comigo e vai sentir minha falta. E em quem eu vou pensar quando estiver visitando a Times Square e a Estátua da Liberdade. Esses são os que farão parte da minha bagagem!
São poucos que escreverão cartas para você, mas esses significam muito e são verdadeiros, como os outros que não se preocupam em estar ao seu lado nunca vão ser.